Pregação: Serenidade na Turbulência

23 E, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram; 24 E eis que no mar se levantou uma tempestade, tão grande que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo. 25 E os seus discípulos, aproximando-se, o despertaram, dizendo: Senhor, salva-nos! que perecemos. 26 E ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança. 27 E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?  Mateus 8:23-27

I.                   Será possível viver sem ansiedade e preocupações?

Todos estamos sujeitos às preocupações quotidianas. De uma ou  outra forma, em maior ou menor intensidade, as “coisas da vida” podem tirar o nosso sono. Criar os filhos, manter-se empregado, planejar e garantir o futuro próprio e dos familiares. Suportar aos riscos  da violência diária sem se deixar inquietar. Todas estas questões indicam o quanto estamos próximos da preocupação e ansiedade.

II.                Sobre a visão holística da vida.

É profundamente curativa a vida de alguém que sabe abarcar a todos os acontecimentos da vida de forma holística, isto é, abrangente. Pessoas que sabem valorizar todos os acontecimentos da vida, sem superestimar alguns em detrimento de outros, tem muito mais chances de ser feliz e viver saudavelmente.

Pequenos acontecimentos são desencadeadores de grande felicidade se vividos intensamente e de forma abrangente. De fato a vida de todos nós se constitui fundamentalmente de pequenos acontecimentos. Na soma destas pequenas coisas, se vividas com gratidão e alegria, se constrói a grande felicidade.

III.             Jesus Cristo, aquele que dorme na tempestade.

Quando o barco dos discípulos foi tomado por grande tempestade, eles se desesperaram. Não conseguiam ver outra possibilidade que não a morte. No desespero, se fecharam diante de seus olhos todas as outras possibilidades da vida. Esqueceram-se de que é inerente a navegação, a tempestade. E que depois de toda tempestade, vem a bonança. Jesus, ao contrário de Seus discípulos, não fazia outra coisa que dormir. Dormia, na verdade, o sono dos justos. Estava tranquilo porque se sabia guiado e guardado por Seu Pai.

Jesus Cristo, representa bem a pessoa que não vive com ideias fixas. Ele sabia entrecortar as coisas importantíssimas da vida com outras, que, se não tinham a mesma importância, eram fonte de alegria e satisfação na vida. Por isso é que os evangelhos relatam que Ele atendia e se ocupava das crianças, ia a casamentos, bebia vinho, visitava amigos queridos, e gente que o convidava (Levi e Zaqueu). Apesar de ter uma clareza profunda da urgente missão que recebeu do Pai, Jesus Cristo soube entrecortar a vida com pequenas coisas que simplesmente traziam bem-estar á Sua vida.

 IV.              Jesus Cristo, aquele que acalma a tempestade.

O relato  do Evangelho de Mateus fala de Jesus como o que mantem-se sereno e calmo em meio à tempestade, mas fala também dEle, como alguém que vence a tempestade. Jesus terá sempre o poder de estar conosco na “barca” da vida. Em meio às tempestuosas situações de nossas vidas (e são tantas e tão frequentes…). Ele nos acompanha. Vem ao nosso encontro para nos lembrar de que a vida pode ser vivida com serenidade e alegria.

Em meio ao temporal Ele se mantinha tranquilo, pois sabia bem que Sua vida estava guardada por Deus. Cada passo que dava tinha a condução e guarda do Pai amoroso.

Na verdade, Jesus nos lembra que a vida vale mais ser vida sem angústias ou preocupações desnecessárias. Ele nos lembra que quem se sabe dirigido por Deus deve viver cada dia de cada vez.

 

Pastor Levy Bastos
Igreja metodista em Sete Pontes
Pregação proferida em 6 de fevereiro de 2011

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